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terça-feira, 19 de outubro de 2010

A Chuva, a janela e os raios de sol.



Silenciosamente ela foi se aproximando. Como quem não quer nada, como quem não faz nada. Lentamente um pequeno atrito podia ser ouvido, de longe, como um leve sussurro do vento. O silêncio podia ser ouvido de uma outra maneira, talvez, como um pedido de socorro, um tanto inusitado. Mas era o silêncio. Aos poucos a tempestade fora ficando mais forte, o vento uivava cada vez mais alto, a chuva ainda não havia começado. Mas aquilo tudo era um aviso, um grande aviso que se transformara em uma cilada. Um labirinto. Já era possível ouvir o barulho das janelas batendo, o vento ficava mais forte, tão forte que por mais que a janela fosse fechada, ela sempre permanecia aberta. A janela estava aberta. Todos sabiam. Mas a tempestade era muito forte e ninguém mais conseguia chegar até ela. Devagarzinho a chuva foi chegando, foi logo mostrando a tua cara. E da janela, não restou nada. O vento e a chuva a levaram. Enquanto isso, a água entrava pela casa. Todos sabiam. Mas nada mais adiantava ser feito. A janela já havia sido quebrada.  No outro dia, não havia janela, como também, não havia água. Os raios de sol já haviam penetrado sobre a casa antes que todos acordassem. Ninguém sabia. Ninguém imaginava.  E de repente era apenas uma casa. Sem janela, sem chuva e sem água.

Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ

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